Levanto e vou para a cozinha preparar meu café. Faço um café com leite ou um capuccino, dependendo da vontade do dia. Enquanto a bebida fica pronta, esquento o pão na chapa e preparo um misto quente, que sempre me parece a melhor escolha para começar a manhã.
Depois do café, decido o que fazer. Algumas vezes, pego um livro e leio um pouco. Outras, escolho trabalhar em um projeto de crochê. Quando estou inspirada, abro o Pinterest e fico buscando referências para algo novo que quero criar.
Em alguns dias, saio para caminhar. É um jeito de respirar um ar diferente e observar o que tem de bonito pelo caminho. Sempre acabo fotografando flores e borboletas, porque são coisas que chamam minha atenção. Em outros dias, prefiro ficar em casa e desenhar, colocar no papel alguma ideia ou só rabiscar por prazer.
Quando a manhã vai chegando ao fim, assisto a algum vídeo, seja para me inspirar ou para me dar ânimo para a limpeza da casa. Gosto desses começos de dia tranquilos. Quando faço tudo no meu ritmo, sinto que a vida deveria ser sempre assim.
Mas sei que nem sempre é. Durante a semana, as manhãs são corridas. O despertador toca, e tudo acontece depressa. O café às vezes é engolido às pressas ou nem acontece. O trânsito, o ônibus lotado, os compromissos, tudo empurra a vida para frente sem tempo para olhar ao redor. Sei que essa correria é real e faz parte do dia a dia.
Talvez por isso eu goste tanto desses momentos mais lentos. Quando posso, escolho desacelerar, aproveitar a manhã, perceber os detalhes. Porque a vida não é só pressa. E sempre que dá, eu prefiro apreciá-la.