O Diário de Anne Frank - Anne Frank
sábado, novembro 10, 2012
Autora: Anne Frank (Organizado por Otto Frank)
Editora: Record
Ano: 1984
Ano: 1984
"Espero poder contar tudo a você, como nunca pude contar a ninguém, e espero que você seja uma grande fonte de conforto e ajuda’’ (Anne Frank)
Conheci este livro aos 12 anos e nunca mais o esqueci, tanto que na época ganhei um exemplar e o tenho até hoje, amarelado, sujo e com páginas amassadas.
Anne Frank era uma menina judia que morava com seus pais e irmã em Amsterdã, na Holanda, e quando a 2ª Guerra chegou a sua porta eles tiveram que se esconder. O pai de Anne, Otto, era sócio em uma empresa de importação de produtos alimentícios, e possuía bons amigos a quem recorrer. Juntamente com seus sócios eles organizaram um esconderijo onde o Sr. Frank pudesse se esconder com sua família.
Durante dois anos e 28 dias, Anne, seus pais, sua irmã, um casal de amigos e seu filho e outro amigo da família ficaram escondidos, agradecendo por não estarem na rua ou em algum campo de concentração. Imagine o que é para uma menina ativa e cheia de vida, ficar escondida em um sótão sem poder sair à rua, olhar pela janela, fazer barulho, rir...
"Enquanto ainda há disto, pensei, um Sol tão brilhante, um céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no meio da natureza, simples e bela. Enquanto assim for - e julgo que será sempre assim - sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as circunstâncias. Creio que a natureza alivia os sofrimentos."
Anne começou a escrever seu diário semanas antes de ir para o Anexo Secreto, e em seus escritos ela já fala sobre sua preocupação com a eminente invasão de Amsterdã pelas tropas alemãs, e sobre sua indignação com as leis antissemitas de Hitler.
Em seu diário, Anne nos mostra sua transformação de menina criada com recursos para uma adolescente privada até de olhar pela janela. Em alguns momentos achei Anne uma menina mimada, mas com o passar do tempo vemos que não é apenas ela que tem esse tipo de atitude, mas todos que se encontram escondidos, afinal essas pessoas não possuem mais nada, sua liberdade lhes foi tomada e um pouco de individualidade é tudo que querem.
“Quero amigos, não admiradores. Pessoas que me respeitem pelo caráter e pelo que faço, não pelo sorriso encantador. O círculo ao meu redor seria bem menor, mas o que importa, desde que fosse composto por gente sincera?”
Ali, no Anexo ela se descobre, descobre o amor e narra com uma vividez o cotidiano, as brigas, as comemorações e suas diferenças com a mãe, Edith e a irmã, Margot.
“Gostaria de pedir a Deus que me desse outra personalidade, uma que não criasse antagonismos com todo mundo. Mas isso é impossível. Estou presa ao caráter com o qual nasci e, mesmo assim, tenho certeza de que não sou má pessoa. Faço o máximo para agradar a todos mais do que eles suspeitariam num milhão de anos.”
Uma das partes que mais me emociona é quando, depois de um ano, os moradores do Anexo falam sobre quais são seus maiores desejos e você percebe que um simples banho, comer um bolo, ir ao cinema, visitar um amigo, ver a esposa ou apenas andar livremente era algo que poderia custa uma vida, ou várias.
Conheci esse livro através de outro diário, muito mais recente, O Diário De Zlata Filipovic, que conta a vida de uma menina de 11 anos durante a guerra da Bósnia. Zlata se inspirou no diário de Anne para escrever o seu, e ao ler o diário de Zlata fiquei curiosa sobre o de Anne, e nunca mais o esqueci.
Para publicar o livro, Otto Frank, editou os escritos de Anne. Ele retirou as partes que Anne fala sobre sexo, suas brigas com a mãe, e criou apelidos para os moradores do esconderijo, as pessoas que os ajudaram e outros citados no diário. a capa ao lado é a versão integral lançada pela Record. Tenho a versão com cortes, mas em breve terei a versão integral/sem cortes.
Para saber mais sobre Anne e seu diário é só clicar AQUI.
Espero que vocês tenham gostado, beijos e até a próxima.
6 comentários
Oi..
ResponderExcluirDei esse livro de presente para uma amiga, mas nunca me interessei em ler ele.. Mesmo amando histórias de guerras e tudo que se refere a fatos da história.
nossa, parece bem emocionante! Parece uma otima leitura!
ResponderExcluirJá ouvi falar neste livro, mas realmente não quero ler. Acho que este tema é muito pesado e desconfortável. Sei que é história, mas não gosto nem de pensar no que essas pessoas sofreram. Me dá até arrepios.
ResponderExcluirbjs
Esse livro é MUITO bom.
ResponderExcluirÉ um daqueles que eu li há muito tempo, mas que nunca esqueci e sinto muita vontade de tê-lo na estante.
Esse livro é maravilhoso. Choro muito sempre que leio. A estória de Anne é realmente emocionante e comovente, é triste saber o que o ser humano é capaz de fazer com o próprio ser humano.
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirNunca vi esse livro, serio, mas achei bem interessante.
Acho que deve ser aquelas leituras emocionantes, porque como o pequeno trecho já deu para perceber que é um livro muito forte.
Não sei o que eu faria se fosse trancada 2 anos em um lugar, sem nem ao menos olhar na janela.
Fico muito feliz com seu comentário!
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